Me diga se não é extremamente desagradável estar em uma sala de espera de uma clínica e escutar o diálogo que está acontecendo dentro do consultório? Principalmente se for psicologia, psiquiatria, ginecologia, oncologista, infectologista, entre outros. É triste o fato de que muitos projetistas não dão a devida importância ao tema, pois temos sido constantemente contatados para resolver esse tipo de problema que deveria ter sido evitado desde a fase de projeto. Isolar o som depois do ambiente em uso é sempre mais complicado.
Sei que portas de correr muitas vezes são interessantes para um melhor aproveitamento de espaço, mas CUIDADO, pois devido à quantidade de frestas, permitem a passagem do som. Normalmente o ponto mais vulnerável para transmissão sonora é a porta, mas não é o único caminho por onde o som passa. Bom avaliar também os dutos de ar-condicionado, o encontro entre a parede e a esquadria, no caso de pele de vidro, e a própria composição da parede. Muitos se iludem achando que uma parede simples de drywall com lã isola o som. Recomendo um maior afastamento entre as chapas e mais do que simplesmente 1 chapa de cada lado caso queira obter privacidade.
Afinal de contas o que significa privacidade em consultórios? De um modo geral, o importante é não conseguir compreender de forma alguma o que está sendo falado, mas não tem problema algum escutar murmúrios, até porquê é obvio que o ambiente está em uso se você está esperando. Em casos mais específicos como Clinicas de hipnose, o nível de privacidade exigido é bem maior. Portanto para se definir uma solução de isolamento a primeira coisa a se caracterizar é QUAL O ISOLAMENTO NECESSÁRIO?
Tem uma frase que gosto muito: acústica é saúde!
Se despertou alguma dúvida, escreve para nós esclarecermos num próximo post. E se esclareceu essa questão para você, conta para a gente aqui embaixo.